Sou um cara que tem uma aflição quase paranóica de que mexam no meu olho, ou sequer cheguem perto dele. Ainda bem que enxergo muito bem, apesar da minha avançada idade.
Por isso, espero jamais precisar da invenção da equipe de Michael Kummer, do Instituto de Robótica e Sistemas Inteligentes (IRIS, na sigla em inglês, pegou, pegou?).
Trata-se de um robozinho, bem inho mesmo, capaz de entrar no olho e injetar remédios (ai!) ou até mesmo realizar microcirurgias (ai, ai!).
Cientistas da Universidade da Carolina do Norte já haviam conseguido comandar microrobôs dentro de fluidos, e outro grupo desenvolveu um capaz de limpar coágulos dentro de vasos oculares.
Kumer levou a coisa adiante. Engenheiro Mecânico do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, ele é um expert em robótica e termodinâmica, e sua pesquisa envolve o controle de microrobôs usando campos magnéticos — sim, parece coisa bem fácil.
Os robozinhos de Kumer são injetados no olho com uma agulha (ai, ai, ai!) e então controlados magneticamente. Os cientistas esperam que os mecanismos sejam capazes de ajudar o tratamento de degeneração macular, por meio da aplicação controlada de medicamentos ao longo do tempo.
Até agora, os microrobôs só foram testados em olhos de porcos mortos (irc), mas eles planejam usar animais vivos (sim, tadinhos…) em breve.
Em dando tudo certo (espero que sim!), a ideia é que as maquininhas suíças sejam usadas não somente nos olhos, mas também para desintupir artérias cheias de gordura de picanha, por exemplo.